12 fevereiro 2020

Pablo Neruda - NO MEIO da terra afastarei


Poema de *Pablo Neruda, livro Cem Sonetos de Amor (Cien sonetos de amor - 1959).

NO MEIO da terra afastarei
as esmeraldas para divisar-te
e tu estarás copiando as espigas
com tua pluma de água mensageira.

Que mundo! Que profundo perrexil!
Que nave navegando na doçura!
E tu talvez e eu talvez topázio!
Já divisão não haverá nos sinos.

Já não haverá senão todo o ar liberto,
as maçãs transportadas pelo vento,
o suculento livro na ramagem,

e ali onde respiram os cravos
fundaremos um traje que resista
de um beijo vitorioso a eternidade.


Pablo Neruda, nascido Ricardo Eliécer Neftalí Reyes Basoalto[1] (Parral, 12 de julho de 1904  Santiago, 23 de setembro de 1973), foi um poeta chileno, considerado um dos mais importantes poetas da língua castelhana do século XX e cônsul do Chile na Espanha (1934 — 1938) e no México. Recebeu o Nobel de Literatura em 1971, enquanto ocupava o cargo de embaixador na França, nomeado pelo então presidente chileno Salvador Allende.
Originalmente um pseudônimo, a escolha do nome "Pablo Neruda" ocorreu aos 17 anos de idade, e foi uma declaração de afinidade com o escritor checo Jan Neruda. Esse pseudônimo seria utilizado durante toda a vida e tornou seu nome legal, após ação de modificação do nome civil.[2]

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