01 maio 2008

Primeiro de Maio e Chico Theodoro



É 1º de maio e faltam 244 dias para acabar o ano de 2008, hoje, com músicas, protestos, passeatas, gritos, silencio ou sono, comemoramos o Dia do Trabalhador em todo o planeta. Hoje é, ou deveria ser, um dia para lembramos os milhares e milhares de homens e mulheres que deram o mais de precioso na luta pelos os direitos dos trabalhadores: a vida. Sim, é grande o rol de homens e mulheres que morreram para conquistar a dignidade do trabalho honesto e libertador.
Eu poderia iniciar citando alguns nomes de grandes personalidades planetárias, porém, não quero cometer injustiça ao negar referencia a Chico Theodoro filho de meu torrão.

Francisco Theodoro Rodrigues, mais conhecido como Chico Theodoro, era de família camponesa e nascer na Granja, estudou no Rio de Janeiro e quando voltou participou ativamente das lutas em favor das causas operárias. Fundou o jornal O Operário, no município de Camocim, lançando o primeiro número em julho de 1927.

Altamente politizado, intelectual e revolucionário não temia os inimigos que fez por defender os direitos dos trabalhadores. Como estava envolvido diretamente com o Partido Comunista, é preso em 29 de janeiro de 1931 em Camocim, levado para Fortaleza e de lá deportado com mais 16 pessoas para o Rio de Janeiro. Quando foi preso escreveu um diário denominado os 16 Deportados Cearenses, que foi descoberto e publicado pelo Arquivo Público do Rio Janeiro, onde relata as torturas da prisão e defende as causas dos trabalhadores.

Chico Teodoro, morreu em 1952, confessando-se fiel à ideologia, ao partido e aos ideais de defesa das massas proletárias. E merece ser lembrado no 1º de maio não apenas pelo sofrimento que passou junto aos companheiros operários, que reivindicavam melhores condições de trabalho, mas pela motivação e coragem que teve durante todo sua trajetória na terra.

“Os estudantes brasileiros, com raríssima exceção, não se interessam pela questão social”, escreve Theodoro, decepcionado com o espírito de coletivo das novas gerações.

E hoje, com o Brasil elevado ao patamar de grau de investimento seguro e os olhos dos investidores internacionais voltam-se para nós brasileiros, precisamos nos motivar, inspirar e beber na historia de pessoas que acreditaram e lutaram por um mundo onde todos tenham o direito ao trabalhar digno. Não o trabalho como sinônimo de dor, sofrimento, mas o trabalho como algo que liberta e faz a vida gostosa de se viver.

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